Na comemoração de seis anos do Estatuto da Igualdade Racial, o Comitê de Saúde Integral da População Negra (CTSIPN) reuniu seguimentos sociais para debater a saúde pública no Amapá.

O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 20, e faz parte da agenda de participação e mobilização da sociedade para discutir temas quanto a saúde e as soluções para os problemas enfrentados no cumprimento da Política Nacional de Saúde da População Negra.

Segundo o coordenador do Comitê, Pedro Alencar, o objetivo dessas discussões é combater a desigualdade racial. "A população negra, no SUS, ainda está na invisibilidade no atendimento. Sabemos que é atendida, mas não sabemos quais são os atendimentos. Não sabemos do quê mais morrem, do quê mais adoecem, quais são as doenças prevalentes. Então, nesse momento, estamos ouvindo os seguimentos sociais negros e recebendo as demandas das necessidades", ressaltou Alencar.

O Instituto de Mulheres Negras do Amapá (IMNA) participou do encontro. Para a presidente, Lorena Alencar, é essencial expor as dificuldades geradas pela desigualdade racial, quanto o acesso ao SUS, para poder ter avanços necessários. "A desigualdade racial nunca foi um problema isolado. Mesmo com tanta mídia, muita gente ainda fica calada. Na saúde também encontramos preconceitos que devem ser combatidos", enfatizou.