terça, 16 de fevereiro de 2016 - 09:44h
Governo agiliza retorno da energia 24 horas no Bailique
O novo transformador só foi possível devido a intervenção do Governo do Estado Amapá junto à Eletronorte.
Está previsto para março o retorno da energia 24 horas no Arquipélago do
Bailique. A subestação do Aterro, que alimenta o distrito, será
substituída pela subestação localizada na comunidade do Inajá, a 77 km
de Macapá. Será de lá que a energia produzida na hidrelétrica Coracy
Nunes, será transmitida à rede de distribuição do Bailique.
O novo
transformador só foi possível devido a intervenção do Governo do Estado
Amapá junto à Eletronorte. O equipamento foi repassado à Companhia de
Eletricidade do Amapá (CEA) após tratativas da Secretaria Extraordinária
de Representação do Governo do Amapá em Brasília (Seab) com a
Eletrobrás/Eletronorte.
Em janeiro, o distrito enfrentou apagões por
conta de uma pane no transformador trifásico da estação do Aterro. De
acordo com o diretor de operações da CEA, Luiz Eugênio Machado, as
condições de acesso à subestação, que é cercada por áreas alagadas,
impossibilitam a manutenção imediata do equipamento. “A linha que leva
energia da hidrelétrica até a subestação do Aterro tem problemas com
descargas atmosféricas e também com árvores que caem sobre os fios, o
que causa quedas de tensão. Por isso, o transformador do Aterro queimou,
interrompendo o fornecimento no Bailique. Ainda estamos planejando o
transporte deste equipamento para manutenção, pois ele pesa mais de 10
toneladas”, explicou Eugênio.
Diante de todos esses problemas, o
fornecimento no Bailique voltou a ser termoelétrico. O sistema está
estável, porém, o custo desta geração de energia é muito dispendioso:
aproximadamente R$ 500 mil por mês. Por isto, um novo transformador,
cedido pela Eletronorte, começou ser instalado na subestação do Inajá. O
equipamento rebaixa de 34,5 KV (quilovolt) à 13,8 KV a tensão da
energia que é transmitida até a rede de distribuição do Bailique. Esse
rebaixamento é necessário para que a eletricidade chegue às comunidades
com a tensão usual de 110/220 V.
O engenheiro eletricista da
companhia, Vladimir Soukhovetskii, responsável pela instalação do
transformador no Inajá, prevê o funcionamento para 15 de março, data em
que a energia do Bailique voltará a ser fornecida pela hidrelétrica.
“Precisamos fazer alguns aterramentos de malha e outros procedimentos
até chegarmos nas etapas de ensaios e testes”, explicou o técnico.
O
diretor de operações da CEA disse que o alimentador do Aterro dará lugar
a uma nova subestação, futuramente. A construção da nova estrutura,
mais próxima da rede de distribuição do Bailique, é necessária para
evitar perdas na transmissão de um ponto mais distante. “Com o
rebaixamento feito aqui no Inajá, nós teremos algumas perdas de energia,
mas é dentro de um percentual aceitável. O certo é que quando o sistema
estiver em funcionamento, até o dia 15 de março, o Bailique terá
energia estável e 24 horas”, garantiu Luiz Eugênio Machado.