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sexta, 25 de janeiro de 2019 - 17:19h
Fcria envolve familiares na ressocialização de internos do Semiliberdade
Núcleo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade realiza encontro mensal em que aborda uma temática diferente. Em janeiro, o assunto foi saúde mental.
Por:
Foto: Maksuel Martins/Secom
Pais de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas comparecerem no encontro semanal do Semiliberdade

Nesta sexta-feira, 25, familiares de adolescentes que cumprem medida no Núcleo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade, órgão ligado à Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria), participaram da primeira reunião mensal de famílias, em Macapá. O encontro acontece toda última sexta-feira de cada mês e, conta com a participação de um palestrante convidado que trabalha uma temática selecionada pela instituição.

Após a apresentação, é aberto o espaço para a discussão com os familiares e, em seguida, são repassados os informes das atividades desenvolvidas ao longo do mês posterior.

A psicóloga da Fcria, Luciana Cunha, relatou que o tema discutido no primeiro encontro foi o “Janeiro Branco”, uma campanha nacional que aborda os cuidados com a saúde mental. Segundo ela, trata-se de um tema que precisa ser discutido por conta dos altos índices de depressão, ansiedade e uso abusivo de substâncias que atingem centenas de pessoas, entre elas, adolescentes.

“O ‘Janeiro Branco’ vem com essa proposta de reflexão, de autoavaliação e principalmente os cuidados para evitar transtornos mentais como a depressão. Às vezes, cuidamos de tudo, da saúde física, do social, mas esquecemos do principal, o que move tudo isso, que é a saúde mental”, acrescentou Luciana Cunha.

O gerente do Núcleo, Roberto Seabra, reforça que o encontro é um momento em que os adolescentes participam dessas palestras, ao lado de seus familiares. As palestras visam à integração e ressocialização de quem cumpre a medida na instituição.

“Buscamos com isso, aproximar as famílias com o Semiliberdade. Elas são importantes nesse processo de integração com o sistema. E isto não se restringe apenas a este momento. Nós acompanhamos essas famílias nas suas residências e damos todo apoio necessário para que juntos possamos alcançar o nosso objetivo que é a ressocialização desse adolescente”, explicou o gerente do Núcleo.

Seabra acrescentou que é feito um acompanhamento da participação das famílias, para que caso alguma delas deixe de participar, os técnicos do Núcleo entram em contato para saber o motivo da ausência. “Há essa preocupação por parte da Fcria na participação dos familiares em nossos encontros. Quando a família ou o próprio adolescente se ausenta, buscamos saber o que aconteceu e damos o apoio necessário para que eles possam participar dessas atividades”, frisou.

Além dessa reunião, o Núcleo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade possui um grupo que atende somente as famílias, com reuniões bimestrais, momento em que os responsáveis pelos adolescentes são ouvidos pela instituição.

“O objetivo é escutar essas famílias que, às vezes, enfrentam algumas dificuldades no convívio com esses adolescentes, por conta de problemas de depressão, ansiedade, ou até mesmo uso abusivo de substâncias [entorpecentes]. Isso acaba refletindo em conflitos familiares. Essa reunião busca dar o apoio necessário para que eles possam enfrentar isso de uma maneira que não prejudique a convivência familiar e ressocialização deste adolescente”, explicou a psicóloga Luciana Cunha.

Atividades

Aproximadamente 80 menores cumprem medida socioeducativa no Semiliberdade, onde participam de atividades como palestras, cursos e oficinas. Os internos tem os dias divididos em atividades internas e externas. Eles passam por cursos de qualificação profissional, atividades pedagógicas e socioeducativas nas instalações da Fundação da Criança e do Adolescente. No contra-turno precisam frequentar a escola. Técnicos da Fcria acompanham o desenvolvimento escolar e disciplinar dos estudantes, além da frequência nos colégios. É uma condicionante para a permanência no Núcleo de Medida Socioeducativa.

Os adolescentes que precisam de atendimento psicológico e pedagógico individualizado são auxiliados em consultas marcadas que variam de acordo com necessidade de cada um. Elas podem ser semanais ou mensais.

Para este ano, a Fcria já tem conversas adiantadas com outras instituições para firmar convênios e implantar cursos profissionalizantes para atender os adolescentes que cumprem medida no Núcleo de Medida Socioeducativa de Semiliberdade.

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Créditos:

Maksuel Martins/Secom

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