Descobertas de várias espécies de fauna e flora e a riqueza da biodiversidade do Amapá estão sendo debatidas na programação de aniversário de 25 anos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Amapá (Iepa). A instituição elaborou uma extensa agenda de exposições que mostram os trabalhos desenvolvidos e as linhas pesquisas.

  

A exposição em destaque para esta semana é referente a Ciência e Tecnologia de Alimentos em conjunto com as plantas medicinais e produtos naturais que segue até domingo,27, das 9 às 17 horas, na Casa de Vidro, localizada no interior do Museu Sacaca.

A exposição apresenta trabalhos e pesquisas relevantes que colaboram na melhoria da qualidade de vida da população seja na área alimentícia ou nas descobertas sobre a eficácia e segurança terapêuticas comprovadas de pelo menos 33 tipos de plantas medicinais de diferentes espécies.

O pesquisador de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Iepa, André Amaral, destacou o trabalho desenvolvido em toda cadeia produtiva do açaí, desde o campo, passando pelo transporte, e comercialização nas batedeiras, visando prioritariamente a qualidade final do produto que chega aos consumidores.

A pesquisa foi concluída na sua totalidade para identificar e avaliar os contaminantes na cadeia que podem ser controlados. As informações são repassadas para as pessoas que comercializam o produto, afim de socializar os conhecimentos, como os procedimentos de higiene, seleção, lavagem e branqueamento (total eliminação da presença do trypanosoma cruzi), responsável pela doença de chagas.

“A exposição facilita que o público em geral identifique a melhor maneira de como o Instituto pode colaborar e atender a sociedade”, declarou o pesquisador, André Amaral.

Outro destaque que também chama a atenção dos visitantes é o espaço destinado às plantas medicinais e produtos naturais. O Iepa disponibiliza atualmente 35 produtos que são comercializados na farmácia própria do Instituto e que são embasadas por plantas amazônicas que passam por comprovações de uso e de indicações para tratamento de doenças.    

Segundo o gerente de Controle de Qualidade fitoterápicos da farmácia do Iepa, Maurício José Cordeiro, a exposição dá uma ideia de como são feitos os produtos destinados a vários tratamentos naturais como, a tintura de jacareúba, utilizada para o controle da diabetes, Casca Doce e a Sucuuba, utilizada para problemas de gastrites.

Outra linha existente são os fitocosméticos como os hidratantes a base de castanha do Pará, shampoo e condicionadores de amor crescido e babosa, para queda de cabelos e hidratação, entre outros.  

“Os produtos são enquadrados perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na classe de medicamentos tradicionais fitoterápicos, assim, os produtos tem validade para a comercialização. Nossa intenção é aumentar o acesso da população a estes produtos. A exposição é interessante, porque alia conhecimento tradicional com a tecnologia e como bons amazônidas é importe conhecer e revisitar como algo positivo”, destacou.