Emerson usava a identidade do deficiente auditivo Nadson Fonseca Mourão, considerado apto e cadastrado para o procedimento. O suspeito alegou que tentou fazer a prova no lugar do amigo pelo mesmo ter lhe revelado não ser capaz de responder ao exame teórico, pois já tinha tentado passar, sem sucesso, outras vezes no exame. Emerson disse ainda que outro amigo, identificado por ele como Valdecir Cardoso Martins, iria lhe pagar pela prova um valor em dinheiro. “O Valdecir me procurou para eu fazer a prova no lugar de Nadson. Ele disse que iria me pagar, mas não me falou quanto”, confessou o acusado.

A fraude foi descoberta pela coordenação de provas da unidade do Detran/AP de Santana. Os três acusados foram encaminhados à UPC do Igarapé da Fortaleza. Emerson poderá responder pelo crime de falsa identidade, previsto no artigo 307 do Código Penal. Os demais também serão submetidos há um processo de investigação.

De acordo com o diretor-presidente do Detran/AP, Inácio Maciel, esse não é o primeiro caso registrado desse tipo de fraude. “Inclusive o Emerson se fez de mudo na hora, como se realmente fosse o verdadeiro candidato apto, mas nossa coordenadora de prova identificou de forma imediata a tentativa e acionou a Polícia Militar. No ano passado, outros casos semelhantes foram identificados em provas do Detran. Estamos sempre investindo na capacitação dos nossos fiscais para que eles consigam sempre evitar esse tipo de delito”, concluiu Inácio Maciel.