A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, reuniu na tarde desta terça-feira, 6, com a coordenação do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor), da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Durante o encontro a gestora da pasta ressaltou a importância do programa, que visa a qualificação de profissionais da educação que não possuem curso superior ou que lecionam em área diferente de sua formação.

De acordo com dados apresentados pelo coordenador do Parfor/Unifap, Antônio Martírios Barros, hoje, o Amapá tem cerca de 2 mil professores, das redes públicas estadual e municipal, com problema de formação superior. O Parfor garante que educadores em exercício tenham a formação superior exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

“No Brasil, qualquer professor público de ensino fundamental e médio precisa de uma licenciatura. Sem essa formação, isso implica na qualidade do ensino e metas nacionais”, comenta o coordenador.

No Amapá, além da Unifap, o Parfor conta com turmas em duas instituições: o Instituto Federal do Amapá (Ifap) e a Universidade Estadual do Amapá (Ueap). Na unidade do programa coordenado pela Universidade Federal, 371 professores estão em qualificação.

Os cursos são gratuitos para todos os professores. O custeio é responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que repassa recursos para as instituições de ensino superior responsáveis pela formação, supervisão de estágios e certificação. A secretária Goreth Sousa mostrou interesse em investir na educação dos professores e se comprometeu em apoiar a implantação de novas turmas no início de 2017.

“Nossa intenção é proporcionar essa formação aos professores em exercício na rede pública de educação, disponibilizando todo o aparato necessário durante esse processo”, ressaltou a secretária.

O programa

O Parfor, na modalidade presencial é um programa emergencial instituído para atender o disposto no artigo 11, inciso III, do Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009, e implantado em regime de colaboração entre a Capes, os Estados, Municípios, o Distrito Federal e as Instituições de Educação Superior – IES.

O Programa fomenta a oferta de turmas especiais em cursos de:

I-Licenciatura: para docentes ou tradutores intérpretes de Libras em exercício na rede pública da educação básica que não tenham formação superior ou que mesmo tendo essa formação se disponham a realizar curso de licenciatura na etapa/disciplina em que atua em sala de aula;

II - Segunda licenciatura: para professores licenciados que estejam em exercício há pelo menos três anos na rede pública de educação básica e que atuem em área distinta da sua formação inicial, ou para profissionais licenciados que atuam como tradutor intérprete de Libras na rede pública de Educação Básica e

III- Formação pedagógica – para docentes ou tradutores intérpretes de Libras graduados não licenciados que se encontram no exercício da docência na rede pública da educação básica.