Um seminário promovido pelo Grupo de Atividades de Controle de Doenças Imunopreveníveis, ligado à Coordenadoria de Vigilância em Saúde (CVS), na terça-feira, 13, tratou das mudanças nas cadernetas de vacinação e o esquema vacinal que vão valer para 2017. Entre as mudanças destaca-se a vacinação em meninos de 12 a 13 anos contra o HPV.

Dez municípios participaram do seminário, incluindo Macapá. Os profissionais de saúde lotados na sala de vacinas de seus municípios receberam todas as orientações sobre as mudanças e como serão desenvolvidas no próximo ano. Para os meninos e meninas que vivem com HIV o esquema das três doses não muda.

“A abrangência da vacina vai se ampliando a cada ano de forma decrescente até que em 2020 atinja os meninos de 9 anos”, explicou Andrea Marvão, coordenadora do grupo.

A partir desse ano o esquema vacinal contra o HPV mudou. Até 2015 as meninas faziam até três doses da vacina. O Ministério da Saúde observou, por meio de estudos, que as meninas já alcançavam a imunização com apenas duas doses. E com a sobra de doses, o MS decidiu ampliar a imunização contra o vírus tornando-se o primeiro país da América Latina e o sétimo no mundo a oferecer vacina a meninos.

“O grupo, por meio da Secretaria de Saúde, está fazendo um planeamento junto com os 16 municípios para a implantação desses imunobiológicos. O Ministério da Saúde já repassou as cotas de implantação das duas vacinas para os dezesseis municípios. Ainda neste mês de dezembro vamos encaminhar as coata para esses municípios”, explicou Marvão. 

A vacina contra o HPV foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação em 2014 como uma estratégia de saúde pública, com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero. Atualmente, o Papiloma Vírus Humano (HPV) representa a terceira causa de morte por neoplasias (tumor) entre mulheres no Brasil. O vírus é transmitido via sexual e acomete a pele e as mucosas.

Além da vacina contra o HPV, estará disponível também nas unidades básicas de saúde dos municípios a vacina meningocócica para os adolescentes de ambos os sexos da faixa etária de 12 a 13 anos. A ideia é aumentar a proteção contra a meningite.