Em um levantamento sobre a ação de vacinação realizada nos dias 10 e 11, o Núcleo Estadual de Saúde do Indígena (Nesi) mostrou que  480 indígenas foram vacinados contra gripe, caxumba, sarampo e rubéola. Uma varredura foi realizada para mapear as residências e dessa forma garantir a imunização dos povos que estivessem em Macapá.

Nos 2 dias de ação a equipe do Nesi contemplou os indígenas residentes nos bairros Renascer, Novo Horizonte, Morada das Palmeiras, Infraero II, Macapaba, Marabaixo, Nova Esperança e Buritizal. Foram 230 de tríplice viral e 250 contra H1N1.

A coordenadora do Núcleo Estadual de Saúde do Indígena (Nesi) da secretaria de Estado da Saúde, Andréia Pacheco, argumenta que a ação se fez necessária para que os indígenas que transitam entre as aldeias e a cidade não levem as doenças para seus locais de origem.

"Uma das nossas maiores preocupações é assegurar tanto a saúde dos indígenas que transitam por Macapá, quanto dos residentes nas aldeias mais afastadas", disse a coordenadora.

O enfermeiro indígena, Demétrio Amisipa-Tiriyó, da etnia Tiriyó, primeiro indigena do Amapá a tomar a vacina contra a covid-19, participou da ação de saúde e foi vacinado com os imunizantes contra gripe, caxumba, sarampo e rubéola.

"A vacinação é muito importante para o nosso povo e eu não me refiro somente aos indígenas, mas também ao povo amapaense", completou o Tiriyó.

Covid-19

O Governo do Amapá iniciou em janeiro de 2021 a imunização dos povos indígenas do estado todo. A ação desenvolvida em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) criou uma força-tarefa para imunizar milhares de indígenas contra o novo coronavírus.

A ação imunizou mais de 7 mil indígenas com idade superior a 18 anos, incluindo os que vivem em aldeias isoladas nos municípios de Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e também do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque.