O Centro de Doenças Tropicais (CRDT), finalizou nesta sexta-feira, 10, a Semana de Combate a Hanseníase com um mutirão de exames buscando o diagnóstico precoce da doença. Ainda no evento foi dado início ao tratamento dos casos confirmados após a análise clínica.

O fluxo de atendimento envolve testes específicos devido a doença apresentar, como uma de suas características, a perda da sensibilidade na pele. Perpassando por exames clínicos com coleta de amostras, avaliação de fisioterapeutas e atendimento com dermatologista para dar início ao tratamento, em caso de confirmação.

Para a diretora do CRDT, Inês Celeste, o objetivo é incentivar o diagnóstico precoce. "Uma das principais características da hanseníase são as manchas na pele, apresentadas em muitas pessoas que desconhecem a doença. Com o diagnóstico precoce e o tratamento, pode-se reduzir o risco de sequelas", explicou.

O Centro é referência para diagnóstico e tratamento infantil da hanseníase e, também, para os pacientes que apresentam estado reacional da doença, devido a reação da bactéria Mycobacterium leprae com a medicação, havendo a necessidade de aplicação de corticoide para o tratamento.

Segundo Rosa Soares, ela buscou atendimento porque tinha dúvidas sobre a hanseníase e apresenta algumas características da doença. "Começaram a aparecer manchas na minha pele e meus pés e mãos ficam dormentes. Ficava adiando meus exames daí vi que teria essa ação aqui e vim participar", comentou.

Para os casos já confirmados que chegam ao CRDT, o fluxo de atendimento é outro. São feitas avaliações do grau de incapacidade neurológica do paciente, devido a bactéria atingir, além da pele, os nervos, o que pode causar dormências.

Atualmente, 86 pacientes fazem o tratamento da doença no CRDT. Os que tiverem dúvidas quanto a Hanseníase podem procurar o Centro ou uma Unidade Básica de Saúde, onde também pode ser feito o tratamento.