Esta é terceira vez que Rafael Haikel vem ao Estado para acompanhar as etapas do projeto para construção da unidade fixa de diagnóstico do câncer que será implantada no Amapá.

As unidades realizam um trabalho de prevenção da doença pioneiro na América Latina. A estrutura consiste em uma unidade fixa e outra móvel que poderá percorrer os municípios do Amapá, facilitando o acesso da população aos exames de prevenção e diagnóstico, com o rastreamento do câncer de mama, boca, colo de útero e câncer de pele.

A instituição segue protocolos internacionais, o que diferencia dos demais serviços, pois oferece um atendimento integral ao paciente, caracterizando uma ação efetiva, com segurança e qualidade no combate ao câncer.

As tratativas entre o Governo e o hospital para instalação da unidade no Amapá iniciaram ainda em 2015. A gestão buscou junto ao Hospital do Câncer de Barretos alternativas para garantir a assistência a população oncológica do Estado. O governador Waldez Góes também intermediou junto à bancada federal para que fossem alocadas emendas e tornar realidade a implantação da unidade.

Paralelo a isso, a secretária de Estado da Saúde, Renilda Costa, e o responsável pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, Roberto Marcel, além da deputada estadual, Marília Góes, estiveram na unidade de Barretos, no interior de São Paulo, para concretizar a parceria.

“Temos trabalhado arduamente para que esta unidade comece a atuar no Estado. A nossa população merece tratamento digno e os pacientes com câncer também não podem esperar. O Governo está empenhado nesta causa e a Assembleia Legislativa tem trabalhado em conjunto para dar celeridade neste processo”, comentou a deputada Marília Góes.

De acordo com Haikel, as unidades têm resultado extremamente positivos na diminuição dos casos de câncer. “Realizamos o acompanhamento com os exames periódicos, que possibilitam a prevenção, mas também, a descoberta da doença na fase inicial. E claro, diminuímos os custos altíssimos dos tratamentos de câncer”, ressaltou.

Índices

Dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer de mama e colo do útero lideram os índices com 60% dos casos do país. Hoje, uma paciente na fase inicial do câncer de mama tem um custo de R$10,5 mil mensal, com duração de tratamento de seis meses. Já uma paciente em estado avançado, o custo salta para R$144 mil (mês), com tratamento que pode levar até três anos.

O custo para implantação da unidade é de aproximadamente R$ 17,5 milhões. Aliado a implantação da Unidade, o Governo também trabalha na restruturação da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

“Nosso objetivo é integrar os setores e ter o leque de exames que garantem a prevenção e o diagnóstico, oferecendo condições necessárias para o tratamento. É um trabalho árduo, mas que temos a certeza que a união do Estado, da bancada federal e do Governo Federal, será possível tornar realidade”, explicou o chefe do executivo.

Câncer no Amapá

No Amapá, o câncer do colo do útero é o que mais atinge as mulheres. Ao contrário das outras regiões do país que tem o câncer de mama com maior índice.

No Estado a cada 100 mil mulheres, 23 são diagnosticadas com câncer do colo do útero, e 20 vítimas do câncer de mama. Fazendo um comparativo com a Inglaterra que tem um dos menores índices, o número cai para 6 diagnósticos para cada 100 mil mulheres. Por isso, a prevenção é sim a melhor medida.