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domingo, 09 de junho de 2019 - 14:38h
Ciclo do Marabaixo movimenta comunidade na zona rural de Macapá
Houve ladainha à Santíssima Trindade e muita caixa rufando na comunidade de Campina Grande, há cerca de 35 quilômetros da área urbana da capital.
Por: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha/Seafro
Além dos festeiros locais, foram convidados marabaixeiros de comunidades próximas

Nem a forte chuva que caiu na tarde de sábado, 8, esfriou o ânimo dos festeiros da comunidade de Campina Grande, na zona rural de Macapá, há cerca de 35 quilômetros da área urbana da capital, onde aconteceu o Marabaixo da Murta. A erva que serve para enfeitar o mastro foi retirada no fim da tarde pelos foliões das matas próximas ao barracão.

No início da noite, ocorreu a ladainha em honra à Santíssima Trindade e foi servido um jantar para os foliões e convidados. As caixas começaram a rufar por volta de 21h30. Além dos festeiros locais, foram convidados marabaixeiros de comunidades próximas. A tradicional gengibirra foi o “combustível” dos brincantes, para que permanecessem até o amanhecer, como manda a tradição, para levantar o mastro às 6h.

“Mesmo estando longe da área central de Macapá, o marabaixo se fortalece cada vez mais aqui em nossa comunidade. Sabemos do esforço da cada um de nós, mas o apoio que o Governo do Estado tem dado para a festividade é essencial”, diz a responsável pelo grupo cultural, Solange Costa.

Entre os ladrões (versos declamados), houve um de composição local que traz o refrão: “Eu não deixo a cultura morrer / Eu não deixo a cultura acabar / Eu sou de Campina Grande, no Estado do Amapá”. A comunidade é a única que integra o Ciclo do Marabaixo fora da área urbana de Macapá.

E a programação prosseguiu neste domingo, 9, com missa pela manhã na igreja Jesus de Nazaré, com o grupo Marabaixo do Pavão. E na igreja São Benedito, com o grupo Raimundo Ladislau. À tarde, a partir das 16h, as caixas rufam nesses dois barracões e ainda no barracão da Dica Congó, no bairro central de Macapá, no Marabaixo da Murta da Santíssima Trindade.

Fomento

Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em novembro de 2018, o marabaiaxo recebe apoio do Estado. Para a realização do Ciclo 2019, o Governo do Amapá investiu R$ 130 mil, divididos igualmente entre os grupos realizadores.

Marcados pelo culto ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade, os festejos seguem até o chamado Domingo do Senhor, primeiro domingo após a celebração de Corpus Christi - este ano, dia 23 de junho. Na extensa programação, ainda constam missas, ladainhas, retirada dos mastros pelos grupos, bailes e jantares e demais rituais que se encerram com as derrubadas dos mastros.

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Créditos:

Gabriel Penha/Seafro

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