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terça, 06 de junho de 2017 - 16:27h
Virada Afro prestigia cultura negra do Amapá com vasta programação
Evento trará palestras, exposições, atrações musicais e comercialização de itens produzidos por comunidades afrodescendentes do Estado
Por: Andreza Carolina

Valorizar todos os segmentos culturais da comunidade negra do Amapá. Esse é o objetivo da Virada Afro – Circuito Amapá, que reunirá literatura, gastronomia, ações educativas, palestras, feira de empreendedorismo, além de atrações musicais nacionais e internacionais. O evento acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de junho, entre às 16h e às 2h, na Orla de Macapá, onde será formado um corredor artístico.

A Virada Afro é um evento internacional, com foco para o Amapá, Guiana Francesa e países africanos e, em sua primeira edição, traz como tema “Racismo Institucional: Avanços e Desafios para Valorização do Negro na Sociedade Brasileira”. A iniciativa é fruto de uma parceria entre Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro) e Fundação Cultural Palmares. Os recursos financeiros são provenientes de emenda do deputado federal Marcos Reátegui.

A gestora da Seafro, Nubia Cristina Souza, destaca que a ideia de reunir em um único espaço todas as linguagens artísticas da cultura negra tem como propósito mostrar para a sociedade o que está sendo produzido pelas comunidades negras do Estado em termos de produtos e serviços, além de incentivar desenvolvimento sustentável de micro e pequenas empresas locais. “Ao realizar feira estamos unindo cultura e comércio de produtos afro-étnicos em uma grande celebração, com mostras dos vários aspectos culturais do Estado do Amapá e da Guiana Francesa”, ressalta a secretária.

O evento é, ainda, alusivo à Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de garantir a participação plena e igualitária dos afrodescendentes em todos os aspectos da sociedade. “Com a medida, a comunidade internacional reconhece que os povos afrodescendentes representam um grupo distinto cujos direitos humanos precisam ser promovidos e protegidos”, explica a gestora, enfatizando que no Amapá 480 mil pessoas se declaram afrodescendentes.

A Virada Afro terá três palcos onde acontecerão desfiles de moda, apresentações simultâneas de manifestações da cultura negra como o marabaixo, hip hop, capoeira e o sairé, uma dança típica. O púbico poderá assistir shows de artistas nacionais e internacionais como o cantor Dudu Nobre, a Banda Araketu, e o grupo Catephris, da Guiana Francesa. Artistas regionais também terão seu espaço, haverá apresentações de Deise Pinheiro, Jorginho do Cavaco, Venilton Leal e das bandas Afro Brasil, Negro de Nós e Realidade Negra.

Feira do Afroempreendedor

Um dos principais objetivos do evento é incentivar o empreendedorismo para gerar emprego e renda dentro das comunidades negras e quilombolas do Amapá. Serão 60 empreendedores beneficiados pela Feira do Afroempreendedor, formada por um corredor com quiosques onde serão expostos e comercializados produtos como roupas, objetos de decoração, artes plásticas e cosméticos voltados para afrodescendentes. Haverá ainda gastronomia com itens produzidos nas comunidades como farinha, mel, ervas, chás, entre outros.

Outra atração da Feira do Empreendedor será a apresentação de costumes e tradições dos povos de matriz africana, a exemplo de búzios, carta, tarô, baralho e benzedeiras. “Teremos produtos para cabelos e pele negra, roupas que dialoguem com as formas do corpo da mulher negra, livros, brinquedos, decoração, literatura, fotografia, música, artes plásticas, culinária, todas as linguagens que tenham a ver com a temática estarão presentes”, enfatiza Núbia Souza.

Palestras e Ações educativas

Como parte da Virada Afro, em 16 de junho, Dia Estadual do Marabaixo, acontecerá uma mesa redonda onde se discutirá o tema “Racismo Institucional: Avanços e Desafios para a Valorização do Negro na Sociedade Brasileira”, com a presença da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, e da gestora da Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), Maria de Nazaré Nascimento Farias.

Na mesma data, educadores da rede pública estadual receberão livros didáticos do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. A iniciativa tem como objetivo oferecer kits educativos sobre a história e a cultura afro-brasileira e é uma parceria entre a Fundação Palmares e o Governo do Estado Amapá. A entrega dos livros acontecerá na Universidade do Estado do Amapá, durante o 1° Congresso Estadual de Ações de Políticas Públicas para o Marabaixo.

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