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domingo, 01 de julho de 2018 - 11:32h
Cultura e empreendedorismo são destaque na 3º Virada Afro, em Santana
No corredor da Avenida Santana, foi montada a Feira do Afroempreendedor onde 60 empreendedores aproveitam a programação para o fechamento de negócios.
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Foto: Maksuel Martins/Secom
A artesã da comunidade de São Pedro dos Bois, Raimunda Coutinho, já recebeu várias encomendas do seu trabalho

Sessenta empreendedores estão aproveitando as festividades da 3ª Virada Afro Cultural para a realização de negócios. Na Feira do Afroempreendedor, é possível encontrar roupas, artesanato, bonecas de pano, comidas típicas, entre outros produtos relacionados a cultura afrodescendente. A programação iniciou na sexta-feira, 29, e encerra-se neste domingo, 1º, no município de Santana.

Alguns dos empreendedores pertencem a comunidades quilombolas, como é o caso da artesã Raimunda Coutinho, da comunidade de São Pedro dos Bois, que aproveita o evento não apenas para comercializar, mas também para divulgar o seu trabalho. “Essa é a terceira vez que participo da virada, que já se tornou uma vitrine para gente. Porque, além de vender, temos a chance de divulgar nosso trabalho, passar nosso contato e fechar encomendas”, ressaltou.

O presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, destacou que o objetivo da feira é mostrar à população aquilo que os afrodescendentes produzem, possibilitando, assim, o desenvolvimento econômico de comunidades quilombolas do Estado. “A gente traz esse empreendedor de dentro da comunidade, para que ele possa divulgar aquilo que produz, vender sua produção e levar essa renda de volta para onde ele vive”, explicou.

Gastronomia

A Feira do Afroempreendedor trouxe também gastronomia ligada à comunidade negra. Os visitantes podem consumir comidas como acarajé, tapioca e vatapá, além de experimentar a gengibirra, uma tradicional bebida do Amapá que é produzida com cachaça e gengibre.

A microempreendedora Wellen Freitas Pantoja participa pela primeira vez da Virada Afro com a venda de doces e comidas típicas. Ela considera importante a realização de eventos como esse, que possibilitam a geração de renda e movimentam a economia do Estado. “Eventos como o carnaval, festa junina, e agora a Virada Afro são épocas onde conseguimos realizar nossas maiores vendas e tirar uma boa renda”, frisou.

Valorização

Um dos objetivos da Virada Afro é a valorização da cultura negra, incentivando o desenvolvimento cultural e social de comunidades quilombolas do Estado, dando visibilidade para essas comunidades, através de apresentações culturais, capacitações e comercialização de produtos.

Aos 58 anos, Raimunda Nery participa da festividade acompanhada de três gerações de dançarinas de marabaixo da comunidade de São José do Mata Fome. “Eu comecei a dançar pequena, minha filha começou a dançar pequena e hoje já são minhas netas que estão aqui dançando. Um evento como esse ajuda a conservar nossa cultura, a passar de geração para geração”, disse emocionada.

O evento é fruto de uma parceria entre Governo do Estado do Amapá (GEA), por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro), e Fundação Cultural Palmares, além do apoio da Prefeitura de Santana. Os recursos financeiros são de emenda do deputado federal Marcos Reátegui e contrapartida do GEA.

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Créditos:

Maksuel Martins/Secom

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