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sexta, 29 de novembro de 2019 - 19:48h
Mulheres indígenas falam de violência e conquistas na última roda de conversas da campanha
Campanha ’16 Dias de Ativismo’ encerrou a maratona de rodas de conversas com mulheres indígenas do Amapá.
Por: Alice Valena
Foto: Sepm
Mulheres de várias etnias participaram das discussões

O encerramento da maratona de rodas de conversas da campanha “16 Dias de Ativismo” aconteceu nesta sexta-feira, 29, com a participação de mulheres indígenas, que falaram sobre seus anseios e histórias de superação.

Na programação da campanha, desenvolvida pela Secretaria Extraordinária de Política para Mulheres (Sepm), em parceria com a Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), mulheres de várias etnias discutiram o combate à violência contra a mulher, ciclos de violência e paradigmas culturais.

A equipe do Centro de Atendimento à Mulher e à Família (Camuf) explanou sobre vários assuntos na abordagem da violência contra as mulheres, no sentido de que a violência em si não é apenas física, mas, também, emocional, moral e patrimonial.

Durante as discussões, foi possível conhecer a inspiradora história de Arawaje Waiana Apalai, da aldeia Bona Parque do Tumucumaque, no município de Almeirim (PA). Arawaje é pedagoga e diretora de escola. Ela contou que sempre lutou para estudar, e disse que ainda observa muita luta para com as mulheres indígenas.

“Antes, as mulheres indígenas nem podiam participar de reuniões, hoje, temos várias, até liderando e sendo caciques”, falou.

Dilzete Labontê Orlando, professora na Universidade Federal do Amapá (Unifap) em Oiapoque, da aldeia Kumenê, lembrou que soube o que era violência contra as mulheres ainda criança, quando viu, em uma canoa, uma moça na companhia do marido, com o rosto machucado.

“Ali mesmo, eu, bem pequena, nunca esqueci dessa imagem, e sempre soube que não era isso que queria para a minha vida”, falou Dilzete, que também estuda pedagogia e é intérprete em hospitais.

Renata Apóstolo, secretária de Política para Mulheres, e Eclemilda Macial, titular da Sepi, concordaram que as lutas das mulheres indígenas são como todas as outras, e devem, também, resultar em políticas públicas de enfrentamento, empoderamento, prevenção e empreendedorismo. Nova parceria entre as pastas já está marcada para 2020.

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