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terça, 27 de novembro de 2018 - 21:00h
Arquiteto Paulo Mendes da Rocha estuda projeto para novos prédios da Ueap
Paulo Mendes esteve pela primeira vez em Macapá, em visita à Ueap, e palestrou para centenas de pessoas no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá.
Por: Diego Diniz
Foto: Maksuel Martins / Secom
Paulo Mendes da Rocha falou sobre a possibilidade de elaborar projetos para os campi da Universidade do Estado do Amapá

Em sua primeira visita ao Estado, Paulo Mendes da Rocha, acompanhado de seu companheiro de trabalho o arquiteto Eduardo Argenton, esteve no terreno destinado ao campus da Universidade do Estado (Ueap), no município do Amapá, e também deu palestra a convite do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) nesta terça-feira, 27, no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá.

O arquiteto abriu conversações com representantes da Ueap e do governo do Estado para projetar para os campi da capital e do município do Amapá – o que representaria as suas primeiras obras dentro da Amazônia.

Em sua palestra, Mendes da Rocha ressaltou a abundância de água no Amapá e exaltou essa qualidade como ponto de partida fundamental para os projetos urbanísticos. “A natureza não é para nós apenas uma paisagem, mas um conjunto de fenômenos”, afirmou, arrancando aplausos da plateia de mais de 300 pessoas que saborearam em detalhes as curiosidades de várias obras de Mendes da Rocha, narrados ali pelo próprio autor, a exemplo do Museu dos Coches, em Portugal, e o projeto da Baía de Montevidéu, no Uruguai.

“Temos que ser particularmente amazônicos”, exaltou Mendes da Rocha, ao alertar para o aspecto destrutivo da urbanização que levou cidades como São Paulo a perderem seus afluentes. A preocupação do arquiteto pelas características hídricas do Amapá talvez tenha raízes hereditárias. Quando Paulo Mendes ainda era criança, seu pai, professor de engenharia naval da Universidade de São Paulo (USP), o levava para visitar as obras de embarcações e o funcionamento das máquinas navais. Portanto, é de se imaginar que a água, tão abundante no Estado, seja um elemento que evoque no urbanista o fascínio e a necessidade da preservação.

Ueap

Paulo Mendes veio ao Amapá a convite da Ueap, em particular, do físico e docente Reginaldo de Jesus Farias. A intenção é que o arquiteto examine as áreas onde funciona a Universidade – que já sofre da falta de estrutura física devido ao seu processo de expansão – para que se pense num projeto de reforma ou ampliação dos campi. “A universidade é um projeto de cidade”, afirmou o arquiteto.

Kátia Paulino, reitora da Ueap, organizou junto ao CAU e ao secretário de estado da Infraestrutura, Alcir Matos, uma pequena comitiva para guiar Paulo Mendes da Rocha e Eduardo Argenton pelas dependências da Ueap e por alguns monumentos da capital, tais como a Fortaleza de Macapá.

Com um portfólio extenso, Paulo Mendes da Rocha já foi laureado em diversas ocasiões ao longo de seus 90 anos, com destaque para o prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial; o Leão de Ouro, durante a Bienal de Veneza, em 2016; e também em 2016 o Prêmio Imperial do Japão, em Tóquio.

“O Paulo Mendes é o arquiteto mais premiado do Brasil e ainda não possui nenhuma estrutura projetada na região amazônica, isso seria um marco na sua brilhante carreira, assim como seria bastante significativo e ímpar para o Estado possuir uma obra projetada por ele. Por isso, ele foi convidado pela Ueap para nos visitar, na perspectiva de que ele conheça os nossos campi e terrenos e tenha interesse em projetar um futuro campus com um projeto arquitetônico modernista, como é sua característica”, afirmou a professora Marcela Videira, da vice-reitoria.

O arquiteto é responsável por diversas obras de destaque no país, como a reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo e o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz. A obra de Paulo Mendes da Rocha possui características modernistas, com a utilização de concreto armado aparente, grandes espaços abertos e composições inspiradas na chamada Arquitetura Racionalista, influência de sua formação intelectual no grupo de estudos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, nos anos de 1950.

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Créditos:

Maksuel Martins/Secom

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