Valdirene Ferreira, 19 anos, é uma das 679 estudantes que concluiu o curso gratuito de informática básica ofertado pelo Programa Telecentro. A iniciativa capacita jovens e adultos de comunidades carentes para o mercado de trabalho.
Ainda sem emprego fixo, a jovem tem conseguido serviços remunerados em empresas na área de informática. Os pequenos contratos ajudam no pagamento das contas pessoais e da casa, diz ela. Valdirene tem esperança de ser efetivada, e se sente preparada para isso.
“Eu abracei essa oportunidade, porque não é todo lugar que tem programas assim. O curso me ajudou em muita coisa. Hoje, trabalho com isso. Antes, eu não sabia nada sobre informática”, reforça.
Criado em 2005, o Programa Telecentro é uma parceria entre a Polícia Militar do Amapá (PM/AP) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A duração de cada curso é de três meses e meio. Iniciativa já capacitou mais de 600 alunos.
Além das aulas de informática, o curso aborda questões voltadas para prevenir a criminalidade. Segundo o coordenador do programa, sargento da PM Eulle Pinon, a proposta é levar valores para os alunos se tornarem profissionais completos.
“A finalidade do nosso programa é preparar o aluno para o mercado de trabalho. Além disso, nós orientamos os jovens em várias situações. Os textos do curso são temáticos e falam de prevenção de drogas e violência”, enfatiza.
Ao serem selecionados para o programa, os alunos recebem uniformes e apostilas gratuitos. Para participar, o interessado deve ter no mínimo 15 anos, deve estar estudando no período regular ou com o ensino médio concluído.
O recém-formado em biologia José Luiz da Costa Fonseca, 26 anos, lembra das dificuldades que teve quando estava na faculdade. Ele veio do arquipélago do Bailique para estudar e conquistar um espaço no mercado de trabalho.
“Quando entrei na faculdade, eu tive muita dificuldade em informática, porque, durante o curso, tive artigos e matérias online. Mas, quando fiquei sabendo do Telecentro, eu vim concorrer a uma vaga e tive o privilégio de ser selecionado”, diz o jovem.
Netto Lacerda/Ascom Sejusp