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sexta, 16 de outubro de 2020 - 15:29h
‘Não foi nada fácil chegar onde cheguei’, diz Sâmylla Pires, primeira mulher trans a assumir uma Secretaria de Estado no Amapá
Aos 27 anos, Sâmylla Pires será titular interina da Secretaria de Juventude nos próximos 30 dias.
Por:
Foto: Phillippe Gomes
A nova gestora foi apresentada em uma live com participação do secretário titular da pasta, Pedro Filé.

O preconceito, a falta de oportunidade no mercado de trabalho e a discriminação, foram desafios diários que Sâmilla Pires Rocha, mulher trans de 27 anos, enfrentou para conquistar espaço. Nesta sexta-feira, 16, a jovem assumiu interinamente a Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv), durante as férias do titular da pasta, Pedro Filé.

Sâmylla é coordenadora estadual do Programa Amapá Jovem. Formada em capoeira, atua em projetos sociais, e compõe o quadro técnico da Sejuv. Foi a primeira servidora do estado a ser nomeada com o nome social.  Ao assumir a pasta interinamente, a gestora lembrou as dificuldades.

“Não foi nada fácil chegar onde eu cheguei. Nunca achei que chegaria até aqui, mas eu consegui, após muitas portas fechadas e todas as barreiras que enfrentei. Estou muito feliz por esse momento”, disse a secretária de Juventude em exercício.

Durante a live de apresentação da nova gestora, o titular da pasta disse que oportunidade é o que os jovens precisam para enfrentar preconceitos.

“Sâmylla é uma profissional competente e que conduzirá muito bem a Sejuv na minha ausência, ter uma mulher trans assumindo pela primeira vez uma Secretaria de Juventude é motivo de orgulho, pois sei de tudo que essa mulher enfrentou e enfrenta para ter espaço e vencer o preconceito”, afirmou o gestor.

O momento marca mais uma conquista das pessoas trans e representa oportunidade para os jovens, que mesmo tendo um bom currículo, muitas vezes são excluídos do mercado de trabalho, pela aparência.

Segundo a Organização Não Governamental Transgender Europe (TGEu), o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. A pesquisa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) identificou que 90% da população trans precisa recorrer a prostituição, por não conseguir emprego.  Uma realidade que precisa ser mudada e para isso, a Sejuv trabalha políticas públicas de qualificação, valorização e inserção dos jovens no mercado de trabalho.

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