Mais de 400 pessoas estiveram presentes na abertura da 8ª Conferência Estadual de Saúde na quarta-feira, 12, que de forma democrática e participativa, vão contribuir para a construção de propostas que devem conduzir as políticas públicas de saúde para o Amapá. O evento vai até sexta-feira, 14, no auditório do Serviço Social do Transporte, Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), em Macapá, e é realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em conjunto com o Conselho Estadual de Saúde (CES).
Com o tema central "Democracia e Saúde: Saúde como Direito”, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais, gestores e prestadores de serviços destacaram durante os desafios da “Consolidação e Financiamento do SUS” e a importância da participação da sociedade para as deliberações que serão propostas na etapa nacional da conferência que acontece entre 4 a 7 de agosto, em Brasília (DF).
A secretária adjunta de Atenção à Saúde, Eliane Heidemann, enfatizou que a participação popular é fundamental para a gestão democrática da saúde. “A conferência materializa essa gestão democrática, pois a sociedade identifica as dificuldades na área e contribui ativamente com propostas de melhoria para o planejamento do Estado e, até mesmo da União, visto que essas propostas são encaminhadas para a Conferência Nacional”, pontuou.
Eliane também destacou as dificuldades relacionadas ao financiamento já que o recurso é um componente fundamental na efetivação das políticas públicas. "São vinte anos de defasagem dos valores da tabela do SUS e ainda temos a Emenda Constitucional 95, que limita o investimento do governo federal na saúde. Com certeza um grande desafio que a gestão tem enfrentado", expôs.
Durante a conferência os delegados de todos os municípios amapaenses, eleitos nas etapas municipais, vão definir as 20 principais propostas que serão apresentadas durante a 16ª Conferência Nacional.
"Este é um momento importante para a sociedade debater e se manifestar avaliando o cenário local e, principalmente, contribuindo com a construção de diretrizes das políticas de saúde do Estado", enfatizou a presidente do Conselho Estadual de Saúde, Sivalda Pereira.
André Rodrigues/Sesa