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quinta, 09 de maio de 2019 - 11:07h
Estado reforça combate ao preconceito e intolerância às religiões de matriz africana
Programação para celebrar Dia Estadual dos Cultos Afros teve apoio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendente.
Por: Gabriel Penha
Foto: Gabriel Penha/Seafro
Tambor de Mina no Terreiro de Santa Bárbara, antes das rodas de conversas que marcou o 8 de maio

Resistência, religiosidade e debates com o tema Combate à Intolerância Religiosa marcaram o Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos, na quarta-feira, 8. Aprogramação, realizada pelos representantes das religiões de matriz africana com apoio da Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendente (Seafro), iniciou-se por volta de 8h, com café da manhã seguido de uma extensa roda de conversas.

O local escolhido foi o Terreiro Santa Bárbara, em Macapá. O espaço foi fundado pela saudosa Dulce Moreira, a Mãe Dulce, há mais de 50 anos. A anfitriã do evento era a mãe Socorro Moreira, a Mãe Socorro de Oxum, filha e sucessora de Mãe Dulce. Ela relatou o histórico de preconceito sofrido pela matriarca e familiares, para manter as suas crenças.

“Em vários lugares, na escola, na igreja, éramos taxados como ‘os filhos da macumbeira’. Hoje, a compreensão em relação às religiões de matriz africana melhorou, mas o preconceito ainda existe. Essa compreensão precisa ser trabalhada desde cedo nas escolas, por exemplo, para que, com o conhecimento, haja também o respeito”, defendeu Socorro.

O secretário da Seafro, Aluizo de Carvalho, reconheceu a luta constante por respeito e pelo fim da intolerância religiosa e destacou a importância da união para o fortalecimento desse processo. “Esse esforço conjunto precisa partir de dentro para fora. Se quisermos que a sociedade e o Estado reconheçam a importância e a história dos cultos afro-religiosos, nós temos que começar a fazê-lo, mostrando esse orgulho de pertencer, de maneira constante”, abordou o gestor.

À noite, foi a vez do Tambor Cultural, que aconteceu na Toca do Pavão, no bairro Jesus de Nazaré. Essa parte da programação reuniu integrantes de aproximadamente 30 casas (terreiros) da capital.

Na ocasião, a presidente da Federação de Cultos Afro Religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), Mãe Iolete, destacou a importância da criação da data, no sentido de fortalecer a religiosidade de matriz africana e reforçar a bandeira do combate ao preconceito. “Esse é, sim, um momento de confraternizar e reforçar essa busca por nada mais do que respeito, pois nosso país é plural e essa diversidade precisa ser respeitada”, discursou Iolete.

Além do troar dos tambores, foi servido um jantar aos participantes. A programação se estendeu até por volta de meia-noite.

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Créditos:

Gabriel Penha/Secom

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