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quinta, 08 de agosto de 2019 - 17:34h
Educação modular indígena completa 10 anos contabilizando mais de 50 escolas no Amapá
Atualmente, são 54 escolas indígenas, que funcionam nos sistemas regular e modular de ensino, e atendem a 4.914 alunos.
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Foto: Irineu Ribeiro/Secom
Professores indígenas reuniram na Biblioteca Pública Elcy Lacerda

O Ensino Modular Indígena completa 10 anos no Amapá, contabilizando 54 escolas, que funcionam nos sistemas regular e modular, atendendo a 4.914 alunos, das séries iniciais até o ensino médio. Nesta quarta e quinta-feira, 7 e 8, uma avaliação dos avanços e conquistas do sistema educacional nessa modalidade foi feita entre professores indígenas do Estado.

O encontro, que também marca o início de mais um período modular de educação, aconteceu na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, no Centro de Macapá.

Na ocasião, o gerente do Núcleo de Educação Indígena da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Pedro Henrique Castro, lembrou que nas escolas aonde não é possível ofertar o ensino regular, o Estado oferece a educação aos indígenas através do Sistema de Organização Modular de Ensino Indígena (Somei), que iniciou em 2009, e atua em três áreas indígenas do Amapá, localizadas nos municípios de Oiapoque, Pedra Branca do Amaparí e na região do Parque Montanhas do Tumucumaque.

“Os professores deste sistema atuam do sexto ano ao ensino médio, onde eles passam 60 dias nas comunidades, sendo que, desses, 50 têm que ser letivos”, completou.

Antes de cada início de módulo, os professores participam de um encontro na capital, ocasião em que são debatidos os trabalhos desenvolvidos nas comunidades e os planejamentos a serem executados nessas unidades.

Entres os mais de 50 professores atuando pelo módulo, a pedagoga e integrante do Conselho Estadual de Educação, a indígena da etnia Karipuna, Karina dos Santos, leciona a disciplina cultura indígena.

Ela reforça que se trata de uma educação específica e que requer muito esforço, muita dedicação, por ser uma clientela, um povo com cultura diferente, e que uma das maiores dificuldades é em relação ao material didático e subsídios que estejam de acordo com a cultura do povo para atender a essas diferenças.

“Essas dificuldades não impediram que tivéssemos avanços, um exemplo é que temos muitos indígenas atuando dentro do processo de aprendizagem de nossos povos. Essas conquistas são frutos do esforço de cada um para alcançar este patamar”, destacou.

Durante o encontro de professores indígenas, foi levantada a ideia de implantação de um curso de mestrado voltado para os educadores que atuam diretamente com a educação indígena.

“Isso tem sido um pedido antigo desses educadores, e temos interesse de implantar como forma de valorizar esses professores que vêm contribuindo para a educação indígena em nosso estado”, destacou a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Eclemilda Macial.

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Créditos:

Irineu Ribeiro/Secom

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