Santana, a 17 quilômetros de Macapá, vai passar a ofertar cuidados para pacientes com HIV/Aids. A medida faz parte de um projeto do Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), que visa descentralizar e ofertar o atendimento no município de origem do paciente.
Oficinas com a equipe multidisciplinar do município estão acontecendo nesta quinta e sexta-feira, 5 e 6, no auditório da Escola Estadual Augusto Antunes, em Santana. A expectativa é de que o serviço comece a ser ofertado no primeiro semestre de 2020, na unidade Policlínica Maria Tadeu Aguiar, no bairro Paraíso.
A técnica pelo SAE/CTA Virgínia Moreira explicou que a descentralização do serviço é importante para direcionar o atendimento da unidade, que deve ser voltado para pacientes que desenvolvem alguma complicação ou comobirdade referente à doença.
“Pacientes assitomáticos, que só convivem com o vírus, podem ser atendidos nas UBSs, sem que seja preciso ele se deslocar do município dele para Macapá, para receber esse atendimento”, reforçou.
A linha de cuidados para o paciente que vive com HIV/Aids envolve atendimento multidisciplinar com médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, entre outros profissionais, dispensação de medicação e controle da carga viral.
A enfermeira do município de Santana Valdiane Melo participou do treinamento. Ela acredita e considera importante que o paciente receba esse atendimento especializado.
“Poderemos dar um atendimento de qualidade para esse paciente, porque, às vezes, ele acha alguma dificuldade, e, uma delas, é a distância. Eu já tive alguns pacientes que tive que encaminhar para o SAE, e senti na pele a dificuldade deles”, lembrou.
Além do SAE/CTA, participam do projeto a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá (Lacen). Os municípios de Laranjal do Jari e Oiapoque já ofertam a linha de cuidados.
No fim de novembro, Oiapoque recebeu um equipamento para monitorar a carga viral de pacientes com HIV e Hepatite C. O equipamento foi destinado ao Governo do Amapá, através do Ministério da Saúde, e dará agilidade na análise das amostras que antes tinham que ser enviadas para o Lacen, em Macapá.