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sábado, 02 de fevereiro de 2019 - 21:20h
Caminhada encerra campanha sobre saúde mental
Dezenas de pessoas participaram do percurso, que contou com a participação de Wanderley Andrade, Osmar Junior e Finéias Nelluty.
Por:
Foto: Elmano Pantoja / Sesa
Caminhada percorreu ruas do centro da cidade para conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e emocional

Na tarde deste sábado, 2, dezenas de pessoas buscaram chamar a atenção da sociedade a ter um olhar mais atento e comprometido com a saúde mental dos amapaenses, em uma grande caminhada que percorreu ruas do centro de Macapá. A programação, proposta pela Coordenadoria Estadual de Saúde Mental, marcou o encerramento da campanha “Janeiro Branco”, dedicada a conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e emocional.

A concentração da caminhada aconteceu na Praça Barão do Rio Branco e reuniu usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), familiares, psicólogos, artistas como os cantores Warderley Andrade, Osmar Júnior e Finéias Nelluty, assim como servidores do Estado e Município, que abraçam a causa de prestar apoio emocional e solidariedade.

Para Maria Guerreiro, coordenadora estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o objetivo da programação foi alcançado. “Durante todo o mês de janeiro nós falamos sobre a saúde mental e emocional. Com a adesão de tanta gente assim, podemos ver que conseguimos conscientizar grande parte da população de que essas pessoas precisam de atenção e cuidado e não de serem marginalizadas”, ressaltou a coordenadora.

Ainda segundo Guerreiro, o índice de depressão tem crescido no Amapá, o que leva as pessoas a buscarem álcool, drogas e, até mesmo, o suicídio como saída para as frustrações e problemas que pensam não ter solução. A intenção do “Janeiro Branco” é chamar a atenção sobre como lidar e conviver com o emocional, o psiquismo e o “eu” de cada um.

Esse entendimento foi o que fez a dona de casa Franscivalda Cunha a procurar ajuda em um dos Caps. “Eu só percebi que estava mal quando a Justiça me proibiu de ver meu filho, foi quando decidi buscar ajuda. Nada na minha vida estava dando certo. Me separei, entrei em depressão e comecei a beber. O álcool me levou a outras drogas e, com isso, fui perdendo o apreço de familiares e amigos. No Caps encontrei quem me ouvisse e me ajudasse e, hoje, posso dizer que sou outra pessoa depois”, relatou Cunha.

A mobilização durante todo o mês em que aconteceu a campanha continuará sendo feita dentro dos Caps e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios, que também dão apoio a essas pessoas.

Avanços

Desde abril de 2018, o Governo do Estado do Amapá passou a oferecer o serviço de psiquiatria itinerante para os municípios mais afastados da capital. Com uma agenda fixa de visitações, o psiquiatra é responsável por auxiliar e supervisionar a atuação das equipes da atenção básica dos municípios.

O trabalho consiste na capacitação das equipes, para que elas possam atuar de acordo com a cultura e peculiaridades de cada município, e no atendimento psiquiatra clínico, discutindo os casos com as equipes que fazem o atendimento local.

A atuação do serviço de psiquiatria itinerante leva o atendimento até a população e evita que os usuários de municípios mais afastados façam deslocamentos até Macapá, além disso, promove a inserção da comunidade e da família no tratamento. Na capital e em Santana, a rede estadual ainda possui assistência no Caps Álcool e Drogas, Caps Gentileza e Caps Infanto-juvenil.

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Créditos:

Elmano Pantoja / Sesa

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