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segunda, 01 de abril de 2019 - 16:14h
Amapá busca primeira emissão do Tesouro Verde no mercado internacional
Em breve, Estado obterá a chancela para a utilização do Programa como ferramenta para financiamento da economia verde.
Por: Da Redação .Colaboradores: Henrique Borges
Governador Waldez Góes e o secretário Eduardo Tavares estiveram na Rússia para tratar da inclusão do Tesouro Verde no mercado mundial

O Estado do Amapá espera obter a chancela da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido/ONU) para a utilização do Programa Tesouro Verde como ferramenta para fomento e financiamento da economia verde, a nível internacional. Para isso, o diretor do Centro de Cooperação Industrial Internacional na Federação Russa, Sergey Korotkov, e o governador Waldez Góes fizeram uma declaração conjunta para dar andamento na tramitação da chancela.

O assunto foi tratado durante agenda cumprida na Rússia pelo chefe do Executivo amapaense e pelo secretário de Estado do Planejamento (Seplan), Eduardo Tavares, no período de 18 a 22 de março. “Com o apoio da Embaixada [do Brasil na Rússia] e a chancela ao Programa Tesouro Verde, especialmente para inseri-lo no mercado financeiro mundial, pode-se incluir não apenas o Amapá, mas a Amazônia, através de uma das soluções concretas para o Acordo de Paris [que prevê a redução de emissões de gases de efeito estufa no contexto do desenvolvimento sustentável]”, afirmou Waldez Góes.

Ainda na agenda internacional, foi celebrado o memorando de intenções para a cooperação bilateral, entre o Amapá e a Rússia, voltada ao desenvolvimento sustentável. O secretário Eduardo Tavares explicou que o segmento industrial que respeitar o meio ambiente vai dispor de incentivos, como o levantamento de fundos no mercado de green bonds (títulos verdes).

“Esse memorando de intenções, celebrado em três idiomas, faz com que as duas partes busquem integrar o Tesouro Verde na captação de investimentos. Na medida em que avançamos nesse reconhecimento internacional do Programa, empresas de diversas áreas poderão dispor dos benefícios e financiamentos, através dos ativos financeiros emitidos a partir dos serviços ambientais da Amazônia”, evidenciou Tavares.

O secretário de Planejamento acrescentou que a economia de baixo carbono faz com que se busque novas fontes para investimentos, através de parcerias com o Banco da Amazônia ou com a Agência de Fomento do Amapá.

Economia verde

Desde a celebração do Acordo de Paris, em 2015, o Amapá busca alternativas para implantar uma solução de economia verde. Daí a motivação de lançar o Programa Tesouro Verde, em 2018, com a proposta de transformar serviços ambientais em ativos financeiros negociáveis no mercado para a promoção do desenvolvimento sustentável, através de créditos de floresta.

Depois de apresentar o Programa, mirando o setor industrial, em países como os Estados Unidos, Alemanha, França, Noruega e Rússia, o Amapá aproveitou o 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal para, também, mostrar o Tesouro Verde aos chefes de Executivos. O evento foi sediado em Macapá, pela terceira vez, nos dias 28 e 29 de março. Como resultado, a proposta se juntou a outras iniciativas de desenvolvimento sustentável, a fim de que sejam cada vez mais fortalecidas na região.

Saiba mais: www.plataformatesouroverde.com.br

Títulos verdes

Também chamados pelo termo inglês de green bonds, os ativos funcionam como uma promessa entre quem emite o título, que pode ser uma empresa ou um governo, e quem investe nele. Quando um investidor compra o título verde, ele empresta o dinheiro por um período de tempo definido. O dinheiro é usado no projeto e retorna ao investidor com juros.

Segundo uma estimativa realizada pela Climate Bonds Initiative, organização inglesa sem fins lucrativos, esses papéis têm potencial de movimentar U$ 100 trilhões no mercado financeiro mundial. O Programa Tesouro Verde adiciona um critério adicional e o objetivo para o cálculo da pegada ecológica das empresas, integrando os serviços ambientais prestados pelo Amapá.

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