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terça, 26 de março de 2019 - 14:32h
Especialista explica cuidados para evitar pé diabético
Principais sintomas são formigamento, dormência e pontadas na região dos pés. Através desses sintomas é possível que o paciente apresente lesões e não perceba.
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Foto: Karol Levy

O diabetes é uma doença crônica que atinge milhares de brasileiros. Um levantamento feito em 2015 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Amapá revelou que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), representaram quase 20% das internações da rede pública.

Entre as principais causas de internações dos pacientes diabéticos estão complicações do problema conhecido como pé diabético.

A cirurgiã vascular Joyce dos Anjos explica que pacientes diabéticos são propensos a desenvolver lesões nos pés que podem se agravar devido a problemas de cicatrização e falta de sensibilidade, sintomas característicos da doença.

"O paciente pode se machucar, se ferir e não sentir dor, e quando ele vai verificar a lesão já está infectada. Hoje, no Brasil, 70% das amputações de membros inferiores estão ligadas a complicações de diabetes", disse a médica.

Os principais sintomas de pé diabético são formigamento, dormência e pontadas na região dos pés. Através desses sintomas é possível que o paciente apresente lesões e não perceba.

Se as lesões não forem identificadas de maneira precoce, podem causar sepse, que é quando as bactérias chegam à corrente sanguínea, causando amputação de membros e até a morte.

Prevenção

A principal forma de prevenção é o controle rigoroso da taxa de glicemia, já que o acúmulo de açúcar no sangue afeta as terminações nervosas do corpo, o que causa os primeiros sintomas da doença.

"Separar um momento do dia para examinar e verificar os pés, principalmente a região plantar [a ‘palma do pé’], que é mais difícil de ser visualizada. Um dica que recomendo é o uso de espelhos para ajudar na visualização", completa Joyce.

Também é recomendado evitar retirada de cutículas, e manter as unhas cortadas em linha reta, de preferência com uma tesoura de pontas arredondadas, para evitar acidentes e pequenos cortes que podem passar despercebidos.

O uso de escalda pés também não é aconselhável, já que, graças a perda de sensibilidade, o diabético pode não perceber a temperatura alta da água e ter queimaduras. O ideal é alguém que não tenha a doença possa verificar a temperatura da água.

Outro cuidado é com as lesões fúngicas, que geralmente afetam entre os dedos dos pés, e que surgem quando não é feita a assepsia correta da região, é necessário após o banho secar com a toalha a região.

A especialista ainda explica que 90% das lesões de pés diabéticos que chegam no Hospital de Emergência (HE)de Macapá, podem ser evitadas com a profilaxia adequada e cuidados diários em casa. Ela ainda recomenda que o paciente primeiro procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde ele será examinado e verificado se é necessário encaminhá-lo ao HE, que conta com escala de plantão 24 horas para médico vascular.

"Qualquer vermelhidão ou lesão deve ser verificada quando o paciente é diabético. A evolução é muito rápida, silenciosa e as complicações podem ser graves. Tudo é feito para evitar a amputação e melhorar a qualidade de vida do paciente", finaliza.

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