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sexta, 21 de julho de 2017 - 22:29h
Profissionais do setor audiovisual comemoram lançamento de edital
 GEA e pela Ancine garantiram R$3 milhões em investimento para 12 produções locais
Por: Andreza Carolina
Foto: André Rodrigues
Uma das observações do edital pontua que 80% dos concorrentes devem ser naturais do Amapá ou comprovar moradia no Estado há pelo menos dois anos.

O cinema amapaense deu um grande passo nesta sexta-feira, 21. O governo do Estado lançou o 1º Edital de Produção Audiovisual do Amapá, que contará com o aporte de R$ 3 milhões e selecionará 12 produções locais. O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) investiu R$2 milhões, por meio da Agência Nacional do Cinema (Ancine), em contrapartida, o Governo do Amapá garantiu R$ 1 milhão.

Uma das observações do edital pontua que 80% dos concorrentes devem ser naturais do Amapá ou comprovar moradia no Estado há pelo menos dois anos. Além do que, 90% de toda produção seja rodada em território amapaense.

Profissionais do setor estiveram na solenidade e comemoraram o investimento. Um deles foi o diretor e produtor Thomé Azevedo. Ele atua na área do audiovisual há mais de trinta anos e participou de diversas produções, entre elas o documentário “Marabaixo, ciclo de amor, fé e esperança” que aborda a cultura amapaense e foi exibido na abertura do Fórum Social Mundial de Belém do Pará, em 2009.

Azevedo participou, ainda, da produção do curta-metragem local “Agora já foi!”, vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção no Festival de Cinema Transcendental de Brasília, ocorrido em 2015.

“O cinema amapaense tem grande potencial. Para mim, esse edital é um incentivo aos profissionais e um primeiro passo para envolver a cadeia produtiva que faz parte do setor como o ator, o diretor, o roteirista, o artesão, o músico, o sonoplasta”, reforçou Azevedo. O cineasta destaca que 300 profissionais do Amapá são filiados à Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas.

A produtora e documentarista Ana Vidigal é interlocutora do edital e diretora do Museu da Imagem e do Som (MIS), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Ela explicou que o aporte é um marco na história do audiovisual amapaense e que será um incentivo para os trabalhadores que atuam no mercado, além de fortalecer a economia local por meio da geração de empregos.  

Geração de Oportunidades

O cineasta e produtor amapaense César Cavalcante Filho é formado em Comunicação Social com especialização em Produção Cinematográfica e atua no Brasil e no exterior há 12 anos. Atualmente ele desenvolve o primeiro longa-metragem de sua carreira. Com o lançamento do edital, ele vislumbra a possibilidade de desenvolver seu trabalho em seu Estado natal.

César acredita que o aporte financeiro é um grande incentivo para os profissionais da área. “Esse investimento fará com que nosso mercado dê um salto que em breve será notado. Há muitos produtores independentes em nosso Estado que se esforçam para desenvolver seu trabalho, agora, eles terão mais oportunidades, como, por exemplo, ter uma agência de produção profissional”, pontuou.

Dono de uma agencia de produção, o cineasta explica que o mercado audiovisual é muito amplo e envolve diferentes profissionais, como: diretores, roteiristas, produtores, cinegrafistas, fotógrafos, atores, músicos, figurinistas além de trabalhadores que colaboram indiretamente como técnicos eletricistas, motoristas e artesãos. “É um mercado que deve ser valorizado, pois gera emprego e agrega todos os setores da cultura, um filme pode gerar muitos outros projetos, o céu é o limite”, frisou.

Para César, o audiovisual amapaense, apesar de estar em desenvolvimento, tem uma peculiaridade: a natureza. “O Amapá é um Estado relativamente pequeno, mas temos amostras de quase todos os tipos de paisagens do Brasil. Nós temos a Floresta Amazônica, cerrado, montanha, oceano, rios, cachoeiras de todos os tamanhos. Isso é muito interessante pois pode gerar produções ainda maiores”, ressaltou o produtor.

Incentivo

Além de atuar como bombeiro, Dominique Allan Souza, 31, é roteirista e diretor. Ele sempre teve interesse por cinema, mas passou a ser um produtor independente há dez anos.

Dominique acredita que a medida beneficiará principalmente pessoas como ele, que trabalham por conta própria. O roteirista explica que trabalhar com audiovisual é uma atividade que traz altos custos, pois os equipamentos e a mão de obra são caros, o que dificulta a execução de um trabalho com qualidade.

“Mesmo com as dificuldades, o Amapá tem profissionais que seguem atuando no audiovisual. Esse edital é um incentivo para que essas pessoas possam entregar para a um trabalho mais profissional à sociedade. É uma oportunidade de ouro”, frisou.

1º Edital de Produção Audiovisual

O certame selecionará 12 produções de diferentes gêneros: um longa-metragem ficção, duas séries documentários, um telefilme ficção, um telefilme documentário, quatro curtas-metragens documentário, duas curtas ficção e um curta animação.

A Comissão julgadora do certame será composta por profissionais cineastas de outros Estados brasileiros. A previsão é que o edital esteja disponível para consulta no site do Governo do Amapá (www.ap.gov.br) na primeira semana do mês de agosto.

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