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quinta, 21 de junho de 2018 - 17:00h
Amapá apresenta avanços na educação escolar indígena
Criação da categoria de professor indígena, reconhecimento de escolas e garantia de representação no Conselho de Educação estão entre os avanços.
Por:
Foto: André Rodrigues/Secom
Professora Eclemilda apresenta os avanços na educação escolar indígena promovidos pelo Governo do Amapá

O tema educação esteve no centro das discussões no terceiro dia do I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará. O evento, apoiado pelo Governo do Estado, ocorre na Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá, até sexta-feira, 22.

De acordo com a professora indígena, Eclemilda Macial Silva, existem duas vertentes educacionais. “A educação indígena é ensinada aos curumins (crianças) dentro da cultura a qual pertencem e os processos próprios educativos tradicionais de cada povo, se diferencia pelo aspecto ético, comportamental e pelos princípios familiares. Já a educação escolar indígena objetiva a formação profissional e acadêmica”, explicou.

A professora, que é ex-secretária Extraordinária dos Povos Indígenas, destacou as conquistas conseguidas junto ao governo estadual nos últimos anos. Entre os avanços, ela exaltou a criação da categoria de professor indígena, reconhecimento de escolas, criação do Sistema Modular de Ensino Indígena (Somei), garantia de representação no Conselho Estadual de Educação e concurso público específico.

Macial lembrou que o Amapá conta com 56 escolas indígenas estaduais, com 423 professores e pedagogos atuando nessas unidades de ensino, atendendo cerca de 5 mil alunos. “Precisamos de mais avanços, mas essas conquistas devem ser reconhecidas”, enfatizou a professora – que é indígena da aldeia Kumarumã, em Oiapoque (AP).

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) atende pouco mais de 3 mil crianças nas aldeias nas séries iniciais da educação infantil, onde todos os professores que lecionam no Ensino Fundamental I são indígenas. Nos Ensinos Fundamental II e Médio, a Seed atua com professores indígenas e não indígenas. Já o ingresso nos cursos de ensino superior ocorre pelo sistema de cotas e processo seletivo.

Programação

O I Chamado Internacional dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará teve início na segunda-feira, 18, e prossegue até sexta-feira, 22, com uma vasta programação que reúne palestras, apresentações culturais, mostra de cinema, exposições fotográficas, mostras de trabalhos acadêmicos, entre outros.

O objetivo é articular os movimentos sociais, comunidades tradicionais e povos originários, em luta dos nove países da Bacia Amazônica (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Colômbia e Peru).

O chamado quer aproximar culturas, fortalecer e agregar as lutas de resistência, proporcionar autonomia, justiça social e ambiental, com a participação de 20 povos indígenas, dentre estrangeiros e brasileiros – como as etnias Galibi Marworno; Galibi Kalinã; Karipuna; Waiãpi; Apalaí; Waiana, Tirió e Kaxuyana.

O evento é organizado pela Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp), com apoio da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e do Governo do Estado do Amapá (GEA). A programação completa está em www.even3.com.br/chamado.

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Créditos:

André Rodrigues/Secom

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