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terça, 20 de março de 2018 - 15:33h
Amapá fortalece difusão da cultura francesa no Estado com projetos de educação
Histórico de parcerias foi mencionado às autoridades francesas e brasileiras durante a abertura do II Estágio Amazônico de Português Língua Estrangeira.
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Foto: Maksuel Martins/Secom
Implantação inédita de classes bilíngues em escola do Macapaba é uma das mais recentes parcerias entre o Amapá e o governo francês

O Governo do Amapá destacou as parcerias que vem mantendo para a difundir a cultura francesa no Estado, durante a abertura do II Estágio Amazônico de Português Língua Estrangeira: "O Ensino de Português Língua Estrangeira (PLE) em meio plurilíngue: a cooperação entre Amapá e Guiana Francesa". O histórico de parcerias foi mencionado nesta terça-feira, 20, no Palácio do Setentrião, onde ocorreu a abertura do evento que selou a assinatura do Protocolo de Acordo entre a Secretaria da Educação do Estado (Seed) e a Académie de la Guyane, que prevê a troca de ações em prol da educação. Autoridades amapaenses e francesas participaram da solenidade.

Iniciado em 2011, o intercâmbio de professores do Estágio Amazônico é o cumprimento de um acordo entre o Amapá e a Guiana Francesa – através da Seed e da Diretoria Educacional de Relações Europeias e Internacionais e Cooperação –, celebrado ainda em 2008 e que deu origem ao Centro de Língua e Cultura Francesa Danielle Mitterrand.

Centro de Língua Francesa

O Danielle Mitterrand foi criado em 26 de janeiro de 1999, em Macapá, para habilitar pessoas na língua francesa. A iniciativa é considerada uma criação ousada em termos de ensino de uma língua estrangeira nos moldes e padrões de uma boa escola privada de línguas.

Desde a sua inauguração, o Centro de Língua Francesa já matriculou 12.6800 alunos e formou 3.970. “Essa escola é, sem dúvida, uma prova de investimento na formação de nossa sociedade”, destacou o governador em exercício, Papaléo Paes.

Centro Cultural

Outra iniciativa para desenvolver atividades de profissionalização e difusão da cultura francesa no Amapá, mencionada na abertura do II Estágio Amazônico, foi a inauguração do Centro Cultural Franco-Amapaense, em 13 de agosto de 2009, no segundo mandato do governador Waldez Góes.

O centro realiza cursos e projetos culturais oferecidos, gratuitamente, como aulas de francês, português instrumental, artesanato, teatro, artes e técnicas vocais. A construção do Franco-Amapaense foi resultado da parceria do Governo do Amapá e do governo francês. Na época, a obra foi executada com recursos dos cofres estaduais e equipada com recursos do governo francês.

O Centro Cultural Franco-Amapaense também é palco de importantes eventos promovidos pelo Estado, além de ofertar cursos de Formação Inicial e Continuada, os chamados cursos FIC’s, nos quais já qualificou milhares de amapaenses para o mercado de trabalho.

Escola Intercultural de Fronteira

Em 2017, mais duas iniciativas surgem para fortalecer a parceria na Educação entre o Amapá e o governo francês, por meio da Guiana Francesa: a Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira e o Programa de Assistente de Língua Viva.

A Escola Intercultural de Fronteira dá os primeiros passos para sua implantação no Estado. No Amapá, o programa é desenvolvido no município de Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa. No município, existem acordos de cooperação entre Brasil (Amapá) e o governo francês (Guiana), para que as escolas estaduais Joaquim Nabuco e Joaquim Caetano funcionem nesse modelo de ensino.

O projeto está centrado em três eixos: o primeiro é o intercâmbio e formação dos professores das duas escolas estaduais de Oiapoque; o segundo visa o intercambio dos alunos; e o terceiro eixo versa sobre a criação de um site, que já está em construção, para facilitar a troca de informações, formação e outros.

O objetivo principal do Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira é a integração de estudantes e professores brasileiros com os alunos e professores dos países vizinhos. O foco é a integração, a quebra de fronteira, além da ampliação das oportunidades do aprendizado da segunda língua.

A metodologia adotada é a de ensino por projetos de aprendizagem. Os professores de ambos os países planejam as aulas, juntos, e determinam em quais partes do projeto será feito o intercâmbio, pelo menos uma vez por semana.

Intercâmbio

Já o Programa de Assistente de Língua Viva é uma imersão de sete meses em um estabelecimento de ensino na Guiana, com subsídios do governo francês. Em 2017, três assistentes do Amapá viajaram para a Guiana Francesa e devem retornar no primeiro semestre de 2018.

Classes bilíngues

No início de março deste ano, o Governo do Amapá inaugurou a primeira escola do Estado e a quarta do Brasil a lecionar disciplinas em português e francês. A Escola Estadual Profª Marly Maria e Souza da Silva foi entregue aos moradores do Conjunto Habitacional Macapaba, como parte dos equipamentos sociais previstos no conjunto. O colégio vai atender 850 estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

A escola com classes bilíngues é um projeto realizado em parceria com a Embaixada da França no Brasil e busca proporcionar aos estudantes o ensino das disciplinas de ciências e matemática nas duas línguas: portuguesa e francesa. A metodologia permite que o estudante aprenda dois idiomas no seu dia a dia na forma falada e escrita, por meio de seminários; trabalhos em grupos; conversas individuais com o professor; recursos didáticos; entre outras atividades pedagógicas.

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