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sexta, 15 de junho de 2018 - 18:34h
Governo alerta os municípios para reforço nas ações de vigilância em saúde
Para intensificar trabalhos nos municípios, GEA contratará 349 agentes de endemias por meio de processo seletivo simplificado, que está em curso.
Por:
Foto: Diego Farias
Trabalho dos agentes de endemias é fundamental para eliminar potenciais nascedouros do mosquito transmissor

Após o resultado do 2º Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) este ano, o Governo do Amapá alerta os municípios para o reforço das ações de combate à proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela urbana.

De acordo com o levantamento, realizado na primeira quinzena de março, o Estado obteve o Índice de Infestação Predial (IIP) de 1,4%. Em comparação com o Liraa de janeiro, quando a média foi de 2,2%, houve redução, porém a situação continua em nível de alerta.

Os depósitos predominantes, em que mais foram encontrados focos do vetor, em ordem decrescente foram: lixo doméstico; pneus; depósitos de armazenamento de água a nível de solo; depósitos fixos; depósitos móveis; depósitos de armazenamento de água a nível elevado e depósitos naturais.

Liraa

O Liraa é um levantamento obrigatório para todos os municípios do Brasil e o não cumprimento acarreta no bloqueio de recursos do Ministério da Saúde. A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) realiza o monitoramento das prefeituras que executam o estudo.

De acordo com a gerente do Núcleo de Vigilância Ambiental da SVS, Rackel Barroso Monteiro, o levantamento mostra quais os bairros do município com maior número de índice de reservatórios com foco de Aedes. “O Liraa serve para nortear as ações. O bairro com Liraa muito alto precisa de mais ações pra eliminação de depósitos, e de mais orientações para a população”, destacou a gerente.

Rackel Barroso explica também que todo e qualquer recipiente com água parada é um potencial reservatório natural, como plantas ou caixas d’água. “Até uma tampa de garrafa pode ser depósito”, alertou a gestora.

Para melhorar os indicadores, os municípios precisam fazer o trabalho dos ciclos de visitação intradomiciliar, que ocorrem de dois em dois meses. “Essas ações são desenvolvidas com os agentes de endemias entrando nos imóveis da cidade para eliminar os depósitos, junto com o morador. Sem depósito não há onde a fêmea do Aedes botar os ovos”, concluiu Rackel Monteiro.

Dos 16 municípios amapaenses, 14 apresentaram dados do Liraa. Desses, 8 foram classificados como risco satisfatório (Amapá, Calçoene, Cutias, Itaubal, Mazagão, Santana, Tartarugalzinho e Vitória do Jari); 4 em alerta (Laranjal do Jari, Macapá, Pedra Branca e Serra do Navio); e 2 em risco (Oiapoque e Ferreira Gomes).

Os municípios de Tartarugalzinho e Calçoene conseguiram uma redução do índice de infestação de 94% e 57%, respectivamente, em comparação com o Liraa de janeiro de 2018. Porto Grande e Pracuúba não realizaram o levantamento

Situação de risco

A situação de risco foi verificada em Oiapoque e Ferreira Gomes, que saíram da classificação de médio risco e foram para a condição de alto risco para o Aedes, com aumento dos índices em 172% e 13%, respectivamente.

Os municípios de Pedra Branca, Laranjal do Jari e Macapá também apresentaram acréscimo na infestação pelo vetor (360%, 134% e 8,3%, respectivamente), permanecendo em nível de alerta.

No município de Itaubal, que até o ano de 2017 não havia apresentado foco positivo do Aedes aegypti, neste levantamento foram encontradas larvas e pupas, confirmando o status de município infestado. Até o fim de junho, um novo Liraa será divulgado.

Reforço

Para fortalecer as ações de vigilância em saúde nos 16 municípios, o governo do Estado realiza um Processo Seletivo Simplificado para a contratação temporária de 349 agentes de endemias. O certame está em andamento e a partir de julho já será possível contar com esses profissionais.

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