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segunda, 02 de outubro de 2017 - 13:48h
Projeto de performances artísticas em escola da rede estadual do AP ganha prêmio nacional
Trabalho incentiva consciência crítica sobre gênero, sexualidade, raça e etnia na escola.
Por: Caroline Mesquita
Foto: Arquivo/Marília Navegante
Performances debatem intolerância religiosa, transfobia, discriminação racial, entre outros.

O projeto “Experimentações em Arte: a performance como meio de investigações das identidades para além do corpo”, desenvolvido pela professora de artes Marília Navegante com os alunos do 2º e 3º ano da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, foi vencedor do 18º Prêmio Arte na Escola Cidadã, categoria Ensino Médio, realizado pelo Instituto Arte na Escola. O trabalho é o único premiado da Região Norte.

O prêmio Arte na Escola Cidadã, realizado pelo Instituto Arte na Escola, busca identificar, reconhecer e divulgar projetos modelares na área de Artes em sala de aula. É dividido em cinco categorias: educação infantil, fundamental 1, fundamental 2, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA). No total, oito escolas foram reconhecidas.

A professora Marília Navegante explica que o seu projeto surgiu em 2015, com intuito de incentivar a formação de uma consciência crítica nos alunos com os problemas de preconceito e discriminação na escola.  A instituição é localizada próximo ao Quilombo do Curiaú, e faz parte de uma comunidade bem diversa, que abriga pessoas de diferentes religiões, etnias, situação econômica e identidades.

“Diante dessa pluralidade cultural e notando o comportamento do dia a dia dos alunos, aparecia essa diferença de identidade e as problemáticas de preconceito e discriminação. Então desenvolvi algumas ações, após notar que eles queriam falar sobre isso, para trabalhar as questões de gênero, sexualidade, raça e etnia na escola”, relata Navegante.

A partir dessa aceitação dos estudantes foi trabalhado dentro do conteúdo de artes as performances artísticas, pinturas, fotografia, música e dança que permitam diálogos sobre intolerância religiosa, preconceito racial, homofobia, machismo, entre outros. A estudante Mayla Carolina Ferreira, 18 anos, está no terceiro ano e realiza as performances desde 2016.

“O trabalho artístico desenvolvido na escola nos permite questionar a violência, a indiferença e vários tabus que podem ser desmistificados no ambiente escolar. Aqui é um espaço de acolhimento e conhecimento. Eu fiz uma performance sobre o corpo feminino para tratar sobre empoderamento. Uma crítica ao machismo que ainda perpetua na nossa sociedade”, comenta Mayla sobre sua experiência no projeto.

A escola vai ganhar um computador e uma câmera digital e a professora será premiada com uma quantia em dinheiro, além de passagem e hospedagem para participarão da cerimônia de premiação, realizada no dia 21 de novembro, em São Paulo (SP). Haverá também nesta terça-feira, 3, uma mini amostra do projeto para produção de um documentário feito pelo Instituto Arte na Escola.

Confira a programação:

03/10 - Terça-feira

07h30 às 10h – Performance no Quilombo “Dona Liberdade”

11h30 às 12h30 – Música de Rap -Grupo “NATURALRAP”

13h45 às 15h15 - Performance “Gênero e sexualidade”

15h30 às 17h00 -Performance “Iemanjá”

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