Visando o desenvolvimento socioeconômico das famílias ribeirinhas de Mazagão, pela primeira vez a equipe técnica Agência de Fomento do Amapá (Afap) esteve nos dias 21 e 22 de julho nas comunidades Vila Bethel e Rio Mulato, na Reserva Extrativista do Cajari, para apresentar os serviços da instituição financeira do Governo do Estado e estimular o empreendedorismo na região.
Com palestras e orientações sobre linhas de crédito, os moradores conheceram oportunidades de acesso a financiamentos. “É uma região que vive economicamente do manejo de açaí e da mandioca, mas aqui tem comércio, barbearia e outras atividades que podem crescer e gerar emprego e renda”, explicou Lucélio Mota, subgerente regional da Afap.
Na Vila Bethel, Abraão do Carmo, 26 anos, quer investir na compra de uma despolpadeira de açaí. Com a apresentação das linhas de crédito, o agricultor viu a chance que tanto esperava. “Com a máquina vou melhorar meu trabalho. Hoje eu consigo uma média de R$ 1.500 por mês com a venda de açai”, disse Carmo.
Pastor na comunidade Bethel, de maioria evangélica, Israel Maciel abriu as portas da igreja para a palestra da Afap. Ele aproveitou, também, para saber como conseguir um financiamento e melhorar a atividade com o açaí. “Não conhecia a Afap e não sabia de todas essas oportunidades. Pra gente que mora mais distante é mais difícil buscar essas informações. Estou muito feliz do governo estar olhando pra gente”, falou Maciel.
Com a participação da Prefeitura de Mazagão e mais quatro associações, a comunidade Rio Mulato também recebeu os técnicos da Afap. “Fomos bem recebidos pelo governador Waldez e hoje as oportunidades estão chegando aqui. São 27 comunidades aqui no assentamento e mais de 300 famílias que precisam desse apoio”, afirmou Reginaldo Dantas, presidente da Associação dos Moradores das Comunidades Extravistas do Cajari (Amcex-ca).
Por se tratar de uma economia com renda sazonal, por conta da entressafra na produção de alimentos, o diretor técnico da Afap, Guarabichaba Martins disse que a ideia da instituição é estimular o empreendedorismo na zona rural. “Queremos que essas pessoas tenham acesso ao crédito para desenvolver outras atividades. Assim essas famílias terão renda o ano inteiro”, destacou.