Para ajudar a solucionar problemas na produção de tijolos e telhas, olarias amapaenses procuraram o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Amapá (Iepa). Pesquisas para criar uma nova composição do produto começaram em janeiro deste ano.

Segundo Flávio França, gerente do Núcleo de Geologia e Tecnologia Mineral do Iepa, as empresas estão enfrentando problemas no processo da secagem, com peças apresentando fraturas e falhas.

Uma das hipóteses para a pouca resistência das peças é a matéria-prima, que está escassa. França também acredita que essa argila tenha sofrido alguma alteração, e não tenha a mesma qualidade da que era utilizada.

Os testes iniciaram na composição do produto, criando fórmulas com novas proporções e utilizando outras opções de matéria-prima. Os corpos de prova serão avaliados para saber qual das misturas é capaz de solucionar o problema.

“Estamos levando em conta a matéria-prima, que não é a mesma de antigamente e tem outra qualidade, além da umidade atípica que tivemos esse ano, com chuvas mais intensas. Os testes em escala laboratorial são para diminuir os prejuízos dos empresários”, explicou França.

Os testes realizados pelo Instituto não estão sendo cobrados. Em contrapartida, as empresas estão realizando a manutenção dos equipamentos do laboratório, já que nenhuma das olarias tem equipamentos capazes de fazer o controle de qualidade da matéria-prima e do produto.

“No fim das contas, isso beneficia diretamente a construção civil, que está expandindo no estado e precisa de material de qualidade para servir o mercado”, finalizou o gerente.